Quando eu chegar
Não desfaça as malas.
Deixa-me quebrar estes grilhões
de botões da saudade
que te prende os peitos nesta
blusa clara.
Deixe-a solta pela sala.
Estenda-me as tuas mãos leves.
Te solta os cabelos e deixe o teu
cheiro dominar teu macho.
Deixe-me desfraldar teus cachos.
Quero a tua feminilidade bebendo
de meu másculo.
Deixe-me que deixo entornar tua
água quente
em minha chama incandescente.
Chuvas alvas, intermitentes,
sobre este vulcão.
Sinta o meu coração nas mãos, nas
tuas mãos!
Esqueça essas malas.
Nossos dias: será por muitos
dias, nossa senzala vazia.
Não ouviremos cães, aviões,
frustrações.
Eu quero amá-la, só amá-la, e
depois, as malas...
ZéReys – poeta do profundo.
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A fé de uma pessoa está relacionada com aquilo que ela mais precisa, pois em caso contrário, ela não precisaria de nada.
ZéReys.