quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Mesmo ao quanto se revela



Não há nada em que a superficialidade da verdade
do que se vê, possa ser tão simples: nada!
Apenas o que o amor possa mostrar.
O amor é a química da revelação do simples.
O amor revela o simples.

Por que há a condicionalidade da semente.
Por que há os componentes.
Por que há o diminuto da partícula.
Por que em cada entranha, há o que o habita.
Por que existe a casca.
Por que tem o pensamento intrínseco da massa.
A intelectualidade da cor, do cheiro e da flor.
Por que é deste amar, que vem o amor.

O simples é um tijolo, foi um monjolo,
foi um arado. Foi o suor de algum coitado.
O simples é o amor materializado.
Nada há no simples, que não haja atrás de si,
o complexo do existir.

Por que se nada vêm do nada,
o tudo está composto em tudo e em nada.
Nada é tão simples como o simples,
por que o simples é o ponteiro do relógio.
Que nada nos são como o simples dos ponteiros,
que esconde o complexo da maquina,
onde se esconde o pensamento, da hora,
do profundo e verdadeiro.


O amor revela o simples...
Ah!... Se não houvesse o amor!
Nem mesmo o amar existiria.
E a materialidade da beleza.
O ver dos olhos verdes natureza,
A reverência do mar, a arrogância da maresia.

O simples é a chama do fogo.
O complexo a luz da chama.
O simples é a cor que se revela.
O complexo o calor que dela emana.
Às vezes eu sou tão pretensioso,
Que penso, como a um desaforo...
Que o amor me revela.
Simples, eu? Jamais, penso desvelar.

ZéReys – poeta do profundo.
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