segunda-feira, 29 de julho de 2013

Crônica ao nicho Papal.

Crônica ao nicho Papal.

Mesmo sem ir ver o Papa ao vivo, por aquelas questões sociais, cujas palavras foram destaques em sua caríssima visita, eu quase não suportei mais em tanto vê-lo. Se notícias no país não fossem tão tendenciosas, é quase também, certeza, que saberíamos que alguém tenha enfartado. Não noticiaram nada. Se bem que poderiam se dizer que fora por emoção ao vê-lo. Eu particularmente, lhe tenho agora, apesar de sua explorada exposição, mais respeito. Acho que todos nós temos, apesar do humilde poderoso, ser Argentino.

Alguns até levou ao pé da letra aquela máxima antiga, de quando ainda o Ex-presidente Lula não tinha estado no poder, que dizia: “reclame ao Papa!” E leram para ele aquele caso do descaso da prefeitura do Rio com sua tentativa de engabelação, maquiando o percurso do papa, fiquei até pensando se não era por isso que eles mudavam de rota sacaneando o esquema da prefeitura de “segurança e acessibilidade” pareceu, talvez, a nossa linda cidade, ao Papa, uma Rio Saramandaia city, e depois não veem que os homens de Deus, não precisam de segurança, oras... Ou precisam?

Bem... O Papa, João Paulo, levou uma facada em Fátima em terras portuguesas por este negócio de ser popular, mas por outro lado, vai se tornar santo. “Já temos mais por aqui que lá em cima”, será que o céu é pior que aqui? Eu também gostava do João Paulo! Lembram-se: “Meus caríssimos irmãos!” era tão romântico aquele seu jeito! Mas o Francisco é diferente, este, não tem um jeito Maradona de ser e muito menos Argentino, cheios da seriedade dos policias da rainha, e as arrogâncias fidalgas dos poderosos e milionários súditos do rei. Com uma pequena diferença, por aqui, em nossa jovem América Latina: temos a Cristina, deve ser até em homenagem a Rainha, ou complexo de superioridade.

Quanto ao Papa, é já que brigam, tem gente demais a falar que ele é carismático, eu sou meio termo, mas como já disse, eu gosto dele. Veio falou o que a gente queria ouvir e disse aquelas coisas de sempre de Papa, que certamente ninguém vai fazer, haja vista os dois mil anos de cristianismo de frente deste mundo cada vez pior em todos os aspectos. Mas tudo bem, logo ele volta, inclusive a gente espera que seja uma visita mais rápida, afinal nosso país é um país pobre e daí haja pôr água no feijão, depois de sua visita... É claro, não vão também dar feijão com caldo ralo ao Papa.
  
Outra coisa que me chamou a atenção foi o veículo que usou: veículo da concessionária Fiat Seria por que esta empresa é italiana, ou foi merchandising da empresa, pagando a igreja para mostrar sua marca ao carregar o Papa, sem dúvida o nicho de mercado repentino que o Papa gerou foi grande, deu fôlego políticos aos governos, se bem que em troca o Papa deu algumas alfinetadas neles, mas bem de leve, coisa facilmente esquecível por uns 99,9% dos que ouviu, certamente.

Em sua entrevista final, ele afirmou que o carro é parecido com o que usa no vaticano e que embora sejam ricos, não devem ficar se mostrando com carrões, por que os fies não gostam de ver e se sentir menosprezado em sua pobreza diante de ostentação de religiosos, eu estou afirmando em relação à riqueza deles por que é público e notório esta riqueza dos religiosos, em toda parte do mundo, eles sempre dizem serem pobres e que nada lhes pertencem, porém, o que é ser rico, não é viver na riqueza? Já que depois da morte a riqueza fica? Então são ricos sim, e muito ricos! Eu entendo que uma pessoa é rica quando não lhes faltam nada, e a eles, falta alguma coisa?

Pobre sou eu, que não tenho vintém para lançar um livro e nem ajuda do ministério da cultura, aliás, cultura é um saco,  não são ministros..., faz as pessoas pensarem... E por falar em pensar já pensou no gasto geral, se os outros religiosos tiverem os mesmos privilégios/direitos? Esse negócio virará uma dívida externa dos velhos tempos – impagável -, como se dizia antigamente. Aliás, por falar em impagável, me lembrei de duas coisas opostas e, ao mesmo tempo paralelas: a cidade da fé, e a cidade daquelas pessoas que até hoje esperam soluções para suas casas soterradas no estado do Rio de Janeiro, com uma coisa em comum, em nenhum caso se chegou ao finalmente. – Porque não põe mais terra naquela cidade da fé, soterrando de vez a fé dos fiéis, e faz as moradias lá, assim acabará por concretizar a fé dos desabrigados, já poderiam até contar o feito, como o primeiro milagre do Papa Francisco!

A humildade do “santo padre” foi condizente com a sua postura por aqui, mas há pobres arrogantes e ricos humildes assim como no sentido contrário, mas no Brasil, criamos um conceito inverossímil - quando queremos dizer que alguém seja pobre dizemos que ela é pessoa muito humilde, isso até remete outros a serem arrogantes por direito, já que quem tem que ser humilde é quem precisa. Eu vi um Papa humilde, mas não pobre, me fez inclusive lembrar de Jânio Quadros: diziam que colocava farinha nos ombros para parecer caspas. – Não sei se isso é verdade ou não. Mas os conceitos Pobreza/riqueza/humildade/felicidade, são bem relativos.

Há pobres felizes, há ricos felizes e ambos infelizes por algumas coisas. De todas as formas recorrem a algum dispositivo dito espiritual para se safarem destes “infortúnios”, assim sendo, que pelo o menos sejam contribuintes, e como a maioria dos povos do mundo é de classes medias para baixo, tendo inclusive os miseráveis em números maiores, nada mais providencial que tornar estes miseráveis ao menos contribuintes, “aquela de matar dois coelhos com uma cajadada”. O Papa disse ser seu desejo isso!

O Papa pediu e eu decidi, vou orar por ele, aliás, isso até me lembrou a passagem bíblica atribuída ao Jesus, quando ele admoesta severamente um homem que o remetia a ser Deus, e ele teria dito: “Não me adoreis por que eu não sou Deus, Deus é o meu pai” Se isso não foi uma ironia dele ao José, supomos que se referia ao Deus Criador. – Acho que o Papa estava, assim, se sentindo meio que endeusado. Vou orar para o Papa, sim, só o fato de ele ser favorável a acabar com a pobreza, especialmente no Brasil, me faz crer que ele seja contra a esses hipócritas que temem perderem seus status de contribuintes das cestas básicas das igrejas, com seus quilos de fubás... Já vale orarmos por ele. E, me perdoem por algumas coisas!
 – Fui!...Fomos!

ZéReys poeta do profundo.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

SER LIVRE É TER A VERDADE COMO PRINCÍPIO E NÃO TOLICE

Ser livre é ter a verdade como princípio e não a tolice.
 “CRÔNICA”

Quem anda pelas redes sociais com o intuito de notar a consciência, a cultura e a formação intelectual do povo brasileiro, tem muito a lamentar, inclusive sob o ponto de vista de que cultura é diferente de escolaridade. Vimos frequentemente, pessoas com escolaridade e sem nenhuma cultura, escreverem coisas lamentavelmente imediatista. Próprio de quem anda ligado nas popularescas canções de duplos sentidos e novelinhas do cotidiano televisivos das nossas prestadoras de desserviços à nação.

Este povo, não tem, efetivamente, solo-culpa, mas os governos anteriores ao Lula sim, e até estes últimos dois, também um tanto. Dizem: "fizemos isso, fizemos aquilo", mas o quanto fez do que fizeram? Pôr placa de local para atender os pobres do seguimento tal, em vésperas de eleições para contar em estatísticas, vale o quê? Vale nada, não é mesmo? E contribuir com quilo de sal ou de fubá é o quê, em matéria de sentimento altruísta? Isto, para mim é muito diferente do cidadão ter um cartão magnético e poder receber a ajuda que precisa para dar alguma formação para os seus filhos.

Os mais de quarenta ladrões que possam ter entre os seis a dez políticos de qualidades que nos restariam, entre esses, é possível que tivéssemos alguns do PT, outros do PMDB e mais outros, a escolher entre os partidos nanicos. Mas o que eu combato é que este sentimento imediatista incitado pelos interesses eleitoreiros da oposição, juntamente com donos de corporações, mais os hipócritas correlatos - dos quilos de fubá e do sal. 

Querem tampar as suas hipocrisias e incompetência governamental, seus descasos à pobreza, que reinava desde mil e quinhentos no país e que de fato somente foi combatida com o trabalho competente e de sabedoria deste homem chamado Lula, e desta senhora chamada Dilma, na sequência, e digo mais, esses mais de quarenta ladrões que estamos vendo serem denunciados, serem casados, serem presos, deve-se também à melhora intelectual e cultural e política, dado por esses dois últimos governos.

Esses corruptos, impregnados deste as primeiras horas de mil e quinhentos, no poder, vem sendo ensinados, apregoado, e impetrado de gerações a gerações e lá sempre estiveram os mesmos homens, com raciocínios de impunidades, de safadezas, de desfaçatez, quando esses foram combatidos? E onde estão aqueles que quiseram mudar e arrancá-los de lá: Estão debaixo do chão, assassinados, destituídos, difamados. 

Em nossos tempos (atuais), meus caros, estes combatentes chamam-se Lula e Dilma, esses sim, não pouparam liberdade de expressão, nem mesmos os aliados tiveram do poder a lhes tapar o céu com a peneira, de fato e em fim, liberdade! Nada foi camuflado, o poder judiciário e os demais poderes constituídos puderam levar a cabo seus julgamentos sem cerceamento de seus deveres.

A nação deve agradecer a esses homens de coragem, mas, sobretudo, a esses governos democráticos. Perfeitos: não. E nunca teremos governos perfeitos. Vão dizer o quê? A frase mais comum em voga atualmente é em minha opinião um contra-senso " É... mas nunca tivemos tanta corrupção" isto é de fato motivo de risos, isto é ignorar a história de propósito ou por ignorância.. Sim amigos! Sempre tivemos estas mesmas e piores, as mesmas e mais um pouco. 

Convido você a puxar pela memória e fazer-se a si próprio - algumas perguntas: "Se você tivesse uma grande empresa que valesse - pela a avaliação do mundo -, 20 trilhões de dólares, você a venderia, por 10 por cento do valor?” E o restante?... Por que colocar 10% do valor nos cofres públicos e dar fubá para as cestas básicas da igreja, não tem, para você o mesmo peso, valor e medida?

Abaixo a hipocrisia e o imediatismo!
Nunca víamos estes corruptos à vista por que não tínhamos governos que dessem liberdade de fato e claramente aos poderes devidos, para que os denunciassem ou que pudessem aceitar suas denúncias e os julgassem como podem fazer agora com liberdade...

Talvez você, entusiasta desta volta deste poder antigo e antiquado, ineficiente e degradante de seu país, nunca soube disto, como sempre propagaram "o brasileiro tem memória curta!", e por isso pense ser deste governo toda essa corja de larápios - não amigos, não são... Isso vem vindo desde mil e quinhentos, quando já corromperam aos índios com quinquilharias.
Sim, nestes últimos dois governos pudemos ver o quanto eram grandes a roubalheira e a quantidade de ladrões, contudo, eles foram importantes para limpar estas sujeiras, se não todas, mas boa parte.

É preciso não ser imediatista para não tornarem-se especialmente estúpidos e julgar os componentes da história de nosso país de forma errônea e vulgar, por conta de incitações eleitoreiras camufladas, de gente que querem não perder suas chances de valorizarem seus quilos de fubás nas cestas básicas das igrejas. Eu sou livre, não sou partidário de ninguém, meu partido é a verdade, e sobretudo, sou brasileiro com muito orgulho, e não esqueço dos fatos, eu sofri muito neste país!

ZéReys – poeta do profundo.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

CRÔNICA DO MEU COTIDIANO

Crônica do meu cotidiano.

Esta noite eu ganhei um sono e dormi pensando no quanto de mim faz por mim, eu mesmo. Pensei também o quanto isto era egocêntrico e condizia com a minha verdade, e o quanto essa verdade conflitava com a minha outra verdade, que de fato, fazia parte do coletivo corrente do qual eu faço parte e muito provavelmente você também faz parte.

Pois bem, adormeci. E ao levantar-me, isso ainda estava latejando em minha cabeça. Era o tal do martelo da consciência. Percebi que isso não era nenhuma meditação em busca de nenhum nirvana, mas talvez fosse uma busca de um eu verdadeiro de verdade, onde a profundeza sonolenta de mim dormia tranquila, como a um anjo no colo de algum demônio, com cara de touro, “pobre do touro, se ele bestar eu o mato”.

Enfiei os meus pés nos chinelos e segui para o banheiro, ainda pensando sobre isso me sentei ao vaso e em seguida levantei-me lembrando que o que eu ia fazer era o número um e não o dois, mas de qualquer forma, seria uma atitude a mais por mim, que fazia. Depois, após lavar as mãos, tomei da escova e fiz minha higiene bucal, deixando-a com aquele gosto merchandising do, Ah! Que frescor! 

Fiz uso de algumas coisas de forma muito inconsciente de suas naturezas. Era tudo meu e para mim. Ignorei, portanto, o princípio da nascente, “como são as pessoas hoje em dia”, que nem lembram de seus pais ou dos pais de seus pais ou desta corrente de seres que nos levam, retroativamente, até Deus. E pensem, não há como sermos nós mesmos se fôssemos outros. Mas o tal do quanto fazia por mim mesmo diante do inoportuno coletivo, me incitava.

E parti para cozinha. De novo fiz uso da água; era hora de fazer o café, e utilizei o açúcar, e também a colher de aço inoxidável, e, vários outros utensílios, cuja origem, também, naquele momento em que pensava em mim, de forma inconsciente, mas intrínseca, não me lembrava de sentir e não sentia, de fato, nenhuma gratidão pelo principio da nascente. Mas também, o que é que tem? Eu poderia pensar: “estou no princípio coletivo, de que sou o mais importante na cadeia da existência”.

É claro que você pode ignorar esta minha autocrítica e nem dela fazer-se ouvido a tendo como espelho. Mas se puder, espelha-se e faça a sua, talvez seja você bem melhor que a minha autocrítica, já tendo tomado consciência de tanto quanto eu ainda careço em fazê-la, portanto, meus amigos, esta é uma crônica de meu cotidiano, - importante: falo de sentir-me no coletivo, devido não ver muito na prática algo diferentemente do que faço, mas perdoe-me se o caro leitor for uma das partes da exceção.
E por incrível que pareça isto ficou buzinando em minha cabeça durante todo o tempo pelo dia afora. E assim, portanto, tudo que eu fazia, me fazia perceber que era para mim que eu estava fazendo: Se sorria, se cantava, se comia, se lavava, se vestia, se me aquecia, se pensava, se escrevia, se sentia, se sentava, se levantava, se deitava, se tomava o café, se me espreguiçava... Não havia nenhum outro, nem mesmo um outro desta interligação coletiva desta minha vida interdependente, tão necessária para minha existência... Sabe que dei por mim chorando involuntariamente?!

Eu estava emocionado, mas havia algo de tão bonito fluindo de meus poros que até parecia que minha aura havia se tornando fluorescente e por toda a sala, que antes estava meio escura, se acendesse, fazendo minhas paredes brancas – opa; desculpe! As paredes brancas da casa que eu uso, virassem luzes! “Para mim, foi algo surpreendentemente inusitado!” Aconselho...
Esta imagem imaginativa tem de fato, entretanto, uma consequência: Fazer a prática e isso implica mudança de atitude que por sua vez necessita de organização.

Nada de papeis no chão, nada de cortar árvores - pelo fato de as folhas caírem -, nada de pôr fogo sobre o asfalto da rua, nada de misturar resíduos na mesma lata ou saco de lixo, nada de usar coisas ou tecnologias que poluem. Nada de emporcalhar o pensamento, nada de palavras negativas, nada de se deixar enganar, nada de preguiça na hora de votar, nada de se entregar à mídia dos interesses egocêntricos, bane de seus costumes coisas que não estejam na inclusão com seu próximo. Lembrem-se, o verdadeiro amor é altruísta, e ele tem um dono justíssimo que não te deixará sem amor, aí eu disse – Sim! “Mas, você, meu amigo leitor... Fique a vontade!”

ZéReys – poeta do profundo.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Poemas à Flor da Pele: SEM SER ENCONTRADO

SEM SER ENCONTRADO


Eu pensei que depois de muito tempo,
Eu já estivesse cansado da procura da felicidade,
Então, assim, havia resolvido de que onde quer que ela
Estivesse que lá ficasse sem mim, talvez fosse melhor,
Para eu apagar a minha dor...

Aprendi durante esta procura alucinada,
de que esta pérola da vida, tem em si a
exclusividade de ser absolutamente única.
Que soberana vêm por seus méritos,
e diáfana, pode ir sem avisar.

Percebi que a felicidade, vive paralela com o amor,
mas que o amor... Somente nela, não manda.
Ela lembra uma estrela cadente, que sem rumo ou sem destino,
cola em algum casco de navio, feito marisco nos céus dos oceanos.
Ninguém, mas ninguém mesmo, pode definir onde se fixa, ou em qual meridiano.

Uma coisa é certa, que até nos servem de alerta:
A felicidade gosta de atuar, em quem tem um coração
que não seja seu. Não tenho certeza se ela vive
aleatoriamente brincando com aquela alegria de criança,
que pueril, faz da surpresa sua dança de roda predileta.

Por isso como nunca se sabe, não pode deixar macular
sua pureza da alma, é preciso ter calma e na sabedoria da
espera plantar flores, criar jardins, pensar nos sorrisos de
tantos quantos possam passar por ele. Entre passos e corpos,
risos e olhares, entre um poema e palavras, ela pode muito bem, estar!

domingo, 12 de maio de 2013

NA DANÇA DO MISTÉRIO

Na dança do mistério

Há mistério numa folha
Que se desprende e baila ao vento
Antes de tocar a terra serenamente.
Há em minha alma um mergulho pendente,
Arguindo, para que o menino
Se desprenda do homem e te
Mergulhe, te adentre.

Temo em brincar com tua aura, entretanto,
Antes que ela apareça, em arco íris,
E nos beijam interligando as águas.
Talvez a tua alma brinque só de me esperar.
Talvez, essa bailarina cante de olhos fechados.
Talvez, também, os lábios estejam cerrados.
E seu beijo ávido tema o medo do sabor...

E se vir e ver diante de tua esperança,
O príncipe que em um acaso se tornara de sal.
E que em outro acaso te fizesse saltar da cadeira,
E que pela vez primeira te escancarasse o riso...
Temo te matar antes que viva realmente,
E que assim como uma folha que caí e
Pousada no chão, desvendasse, enfim, teu coração!

ZéReys – poeta do profundo.

PARA LIBERTAR-SE

Para libertar-se

Se vista de mim
Com tua nudez e venha.
Mergulhe por teu sonho que sou eu,
e se dispa de tudo que se tenha:
Medos,
Cismas,
Temores,
Pudores...
Não se contenhas,
Embrenhe por mim
Com teus amores.

Lamba-me e me entonteça
De ternura e tara.
Preciso te sentir
Mergulhada em mim.
Seja minha musa
Preciosa e rara,
Ponha em minha língua
O seu Ayran de Ancara.
- Almejo o seu gosto
De terra, sal e flores...
Vivamos de amores...

ZéReys – poea do profundo.

TU ME CAUSAS

Tu me causas

Quando tu te dispões a transbordar-me este teu frescor,
Faz querer-me tornar um paladino do amor,
E te libertar, prendendo-te em minhas mãos...
Quero tanto te sentir... Nem sabes... Em meu coração!

Olhando-te nos olhos, já me vejo com a alma alada,
Roubando-te, de frente desta maquina que te deixa confinada,
Para te levar... Para onde o vento nos levar...
- Abaixo os computadores. Viva a liberdade do amar!

O meu amor verdadeiro me impede da leviandade,
De lhe dizer o que no momento é o trivial e banal do social.
Há de fato confusão dos sentidos... Neste sentido.
O signo e a palavra amor, não se condizem, desdizem!
 
O inequívoco sentimento: o amor. Escolheu-me a dizer
Que o meu sentimento profundo é o maior do mundo!
- agora sim, enfim, posso até te dizer: Amo-te,
Sem me sentir constrangido, em teu ouvido!...

ZéReys - poeta do profundo.

NA TÊNUE LUZ

Na tênue luz

Ela está nua  
Sobre lençóis azuis.
Luzires de imagens
Sobrevoa teu corpo...
Intrépido, tremo.

E a matiz de tua pele
Parece-me uma aura que te delineia.
A distância da cútis é exata,
E meus olhos de câmera
Retratam tuas curvas,
Por onde minha
Alma devaneia.

É tão lindo este deslizar
De lábios quentes.
É tão pura e sublime esta
Santidade que perfuma.
É tão sagrado a tua cor,
O teu sal e tuas mãos...
Que me enciuma, teu lume!

É tanta emoção
Nesta transpiração atemporal...
É tão sensacional,
Este teu corpo sobre o chão...
Às minhas mãos!...

ZéReys – poeta do profundo.

... A GENTE DANÇA

... A gente dança

Há um trompete com surdina do Milles Davis,
sonorizando o ar da sala vazia.
Vejo-me encantado como a serpente no balaio do encantador.
E bailo, numa sensível alegria, de certo furor.

Na ternura das notas sublimadas, que soltas, fluem livres,
tocando de leve a minha pele e as paredes brancas,
me tomas em tuas mãos, e ai me sinto como é bom,
ao menos sonhar dançar contigo... Esta canção!

O Milles brinca com seu instrumento, assoprando o
sentimento em forma de sons. Eu sonho em forma de tons:
íris de mares ao sol, asas de garças, Splashing melódicas,
que o deus eólico espraia em minha sala vazia...

Que maravilha... Este negro lindo, santificado neste melo tom!
Ela também é linda, meu bom Davis, e flui contigo,
em minha pauta de sonhos, enquanto a desejo, sorri e rodopia,
instigada por teu som, em minha sala vazia!, E

ZéReys – poeta do profundo.

PELA SINCERIDADE

Pela sinceridade

Eu faço questão:
O meu amor tem valor!
Não quero uma mulher troféu.
Não gosto de disputas humanas,
De vaidades, entre homens e mulheres.

Os homens têm as suas liberdades
para serem escolhidos.
Aquelas que se predispõem a serem
frutos de jogo, não são de ninguém
e nunca será de ganhador algum.

Não, eu não as disputo.
Quero uma mulher que me queira,
que se queira por mim e ser feliz se baste
em ser essa companheira.
Este jogo ruim não tem ganhador.

É uma guerra tola de ambição.
Renuncio-me de ti à disputa, ao jogo.
Não me serve, não quero.
Troféus sãos valores falsos,
assim como o ciúme pela falsa valorização.

Quero uma alma que completa a minha gêmea,
Não um objeto dejeto de mera ilusão;
Um homem deve amar pelo amor recíproco.
Não, troféus não me interessam.
O que me interessa é que o amor valha!

ZéReys – poeta do profundo.

MÃE, VIVER É TÊ-LA!

MÃE, VIVER É TÊ-LA!

Eu já morri muitas vezes e ainda assim, sobrevivi.
Morri por dias, quando devia ser sobrevivente.
Morri descontente.
Morri onipresente.
Morri ausente.

Morri na concepção e na gestação.
Morri no nascimento.
Morri no abandono.
Morri pelo sono.
Pela falta de pão.

Morri pela dádiva do apetite da fome,
Morri por ser homem, por não ter nome.
Morri tantas vezes pelas lágrimas vertentes.
Pela inveja involuntária...
e por não ser gente.

Morri pela indumentária do amigo.
Pela falta de abrigo, pela vergonha latente.
Morri pela covardia em não ser ladrão.
Do orgulho no estômago no lugar do feijão.
Morri pela faltas prementes.

Da comida no lixo, em profusão,
me arrancando às lágrimas,
morri pela estação das águas.
Morri, até, quando me descobri vivo...
E em cada momento impreciso.

Sem pai e, quando outro, redescobri morto;
e eu, depois de deposto e outra vez morto,
me vi revivo abandonado por ela, covardemente,
pois estava ausente da dor da partida.
Fatídica ida, feliz ida, ainda que viva.

E assim, depois que a mãe se foi,
por sua maldita sumida...
Trinta e um anos de agruras,
de penúrias, de procura... Encontrei!
Não: a esperança a descobriu...

E assim, às vésperas de sua morte,
para me ouvir dizer; Sério, soturno... Taciturno:
"Obrigado, mãe, vim lhe agradecer,
pela honra de ter nascido homem,
e por seu leite materno!”

"Eu posso dizer - embora tenha sido abandonado
por minha mãe -, que sou um homem feliz,
porque pude dar aos meus filhos,
uma boa mãe, orgulho deles!"
- Sabe bem sobre mãe - mais – quem não pôde tê-la!

ZéReys – poeta do profundo.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

ATEUS - UM BRAÇO DE DEUS

Ateus – um braço de Deus...

Quem abomina a Deus, não são os ateus.
São os religiosos, (salve exceções). Os ateus assim Deus os fez para não O abominar, mas, para sê-los contrapontos das religiões.

A maioria dos ateus os diz ser por associarem, erroneamente, Deus, a essas empresas da fé, o que condiz, não condizem a Deus, mas o abominam por suas práticas incoerentes.

Eu não sou ateu, por que creio naquilo que vejo e ao que não vejo não preciso ver. Entretanto, vejo e sinto, pelo desejo e pela permissão de sentir e ver. Deus, realmente está em toda parte – onipresença.

Se conseguir associar o Deus naquilo que não foi criado pelo homem e vê-Lo, verá que Deus está naquilo que Ele criou. Ao passo que na criação dos homens, não há uma criação, mas sim, uma modificação – prepotência.

Você come o boi que come capim, você e o boi, têm as mesmas características, porém, o capim e a água viram carnes, vira leite e vira boi, e você o come, e continua homem: Não vira boi ou capim. Há um mecanismo assim, você não os vê, mas isso lhe perpetua.

Por mais que teorizam tudo, ainda assim, ficará Deus na sua onisciência. Por que Deus está além do antes que antecede ao antes. Assim, Ele se contém na origem de tudo. Sem essa força oculta, não existiria a força própria. Eis O Deus, para quem, não haja ateus!

Back for in Hearth

Back for in Hearth

Ele anda a tropeçar no time,
há agora um espaço vazio entre o cheio e a procura.
Há um time long entre o meu indicador e o seu amor,
Fez de minhas mãos vazias...
Perdi-te brincando no parque onde se escondeu.

Back for in Hearth, ele e todo seu para eu ser eu.
Ele está descompassado como se perdera o iyn.
Não posso ser apenas dia ou homem, apenas.
Nem sou emoção sem a razão, sem a mulher...
Sou caule de carne sob a flor seca despelando.

Há um símbolo se apagando, in my hearth.
Não se esconda atrás desta escultura de éter.
Não derreta e se torne minhas lágrimas,
não me tome o doce, não se prescreva in my time,
Back for in my Hearth... My life... Now!...

ZéReys – poeta do profundo.

VOO PARA A FANTASIA

Voo para a fantasia

Eu às vezes sou tão ingênuo
só para me ver puro, pueril e amante.
Não dá para eu, a concepção
de Spartacus, em viver sempre armado
de espada em punho,
temeroso de o teu amor, me engolir.

O medo não me faz parte assim,
deixo-me ir para os teus braços,
como se fosse teu banho deslizando em tua pele.
O temor, meu amor,
me cola e me isola sem teu colo,
que gosto tanto de estar por horas.

Tu me fazes ser este menino, cujo mimo,
goteja de teus seios e de teus dedos
enrolando meus cabelos.
E quando eu brinco de ser o que sabes que não sou,
fingindo uma artimanha artística de ser,
te deleitas tão menina, e gozas inteira... Comigo!

ZéReys – poeta do profundo.

ENTREABRINDO OS LÁBIOS

Entreabrindo os lábios

Abra levemente a alma
e sinta uma gota de bom gosto
fluir em tua língua...
Meu pensamento, enquanto penso,
é uma canção de morangos,
que te beija.

Seu olhar... Isso me lembra de que
algumas pedras sobrepostas,
formam o passeio público que me leva...
Os sonhos são indicadores
de Deus, para que almejemos
seguir sempre.
       
Sigo-te para que minha volúpia alimente
o que sinto. A cada vez que
eu respiro, há uma tendência
de Deus em apontar-me o horizonte,
por isso amo-te
e sei que posso amar-te!

Gosto de me pensar cores delineando
teus lábios, ser o teu sorriso misturado
em teu hálito. Ser de fato o teu retrato,
quando me olho no espelho. Gosto de ser
eu dentro de ti... Abra levemente a tua alma,
Eu tenho o gosto bom do amar, para ti dar...

DESLIZES

Deslizes 


Eu quero tocar-te 
como se o silêncio da ternura 
não se quebrasse... 

Como se os estalidos de meus lábios

nenhuma alma a desfrutasse... 
Como se fossemos as próprias almas suspenses. 

Somente nós... 
Somente nós... 
A perscrutar-nos.

ZéReys - poeta do profundo.


NA DANÇA DO MISTÉRIO

Na dança do mistério

Há mistério numa folha
Que se desprende e baila ao vento
Antes de tocar a terra serenamente.
Há em minha alma um mergulho pendente,
Arguindo, para que o menino
Se desprenda do homem e te
Mergulhe, te adentre.

Temo em brincar com tua aura, entretanto,
Antes que ela apareça, em arco íris,
E nos beijam interligando as águas.
Talvez a tua alma brinque só de me esperar.
Talvez, essa bailarina cante de olhos fechados.
Talvez, também, os lábios estejam cerrados.
E seu beijo ávido tema o medo do sabor...

E se vir e ver diante de tua esperança,
O príncipe que em um acaso se tornara de sal.
E que em outro acaso te fizesse saltar da cadeira,
E que pela vez primeira te escancarasse o riso...
Temo te matar antes que viva realmente,
E que assim como uma folha que caí e
Pousada no chão, desvendasse, enfim, teu coração!

ZéReys – poeta do profundo.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

HAIKAI - 21


Haikai - 21

Do ponto de tinta
na página sobre o i
- Voou a micro falena.

ZéReys - poeta do profundo.
 

SURPRESA


Surpresa

Sobre o I da palavra - sentir,
Na literatura em que eu lia.
Uma mancha negra eu via.
Curioso, toquei a ponta do dedo,
para ver o que  seria!
Um erro na grafia?
Uma gota de tinta que ao papel manchou?
Surpresa:
A micro borboleta voou!

ZéReys – poeta do Profundo.

SOU PARTE DE TI



Sou parte de ti

Oh Mãe... Peço-te perdão!
Em meu nome, dos meus irmãos,
de meus antepassados e pelos cidadãos.
Peço-te, Mãe, a compreensão,
um tempo mais, uma consciência mais,
um dia a mais, uma espera a mais.

Seja forte, Mãe, aguente, mãe.
Há gente que se importa!
Aumentastes tuas alertas,
mas não desmorones, Mãe...
Há ainda, aqueles que lutam.
Que enfrentam!

Oh Mãe Terra! Dá-nos o pão,
ainda para o dia de amanhã...
Sei que me ouves, que me sentes.
E tem os pequeninos aprendendo, Santa.
Espere Mãe, o futuro, te juro, poderá ser bom...
Sabe... Minha amada Terra, eu te amo!...

ZéReys – poeta do profundo.

EXPRIMÍVEL

Exprimível

O quanto pior não é o exemplo, mas vem sendo o exemplar do momento. Eu não quero ser o ponto de engano de ninguém, pois creio estar me esforçando para ser um sujeito normal. Que vista jeans, camisetas, que trabalha e que pensa, e não jogo lixo onde não seja o lugar, mesmo já contendo lixo; pois, me seria um contra-senso.


Não quero crer que o exprimível da mentira seja a melhor expressão da verdade; desta verdade atual onde até mesmo exprimir o amor, tenha que ser na materialidade do ato; onde se inverte o sentido, matando a origem do que se enganam. Creio que sou um sujeito normal, onde a normalidade tem parâmetro Divino, como alguém que vê Deus, na água.

Entretanto, se pensar e agir assim, lhe convença a lhe ser algum exemplo, não lhe cobrarei pedágio, porque o que tenho veio de Deus, não como aquelas estradas com pedágios e que fora antes concertadas e adequadas com dinheiro público - deve me entender, creio. Não tenho, também, tantos corações, amiúde aberto, mas por cada ser e coisa, posso amar.


Exprimível é qualquer palavra, mas não é qualquer contexto, este deve ter no pretexto um conceito, e, este um parâmetro de bom senso. Se basearmos no materialismo que o levará ao consumismo e lhe porá no egoísmo, o individualismo lhe isolará em si mesmo, como a uma ilha cheia de ouro e sem coqueiros, ou pessoas... Para lhe fazer feliz!

ZéReys poeta do profundo.

BOA TARDE MEU POVO!

Boa tarde, meu povo!

"Se o povo Brasileiro votasse em representante do povo, 
o povo teria representante do povo o representando, 
porém, votamos em representantes corporativos, 
são funcionários escolhidos para representar e efetivar oligopólios, 
corporativas de grandes poderes.
Esses, ao povo - dão-nos - migalhas, como forma 
de engodo eleitoreiros.
Em quem você votou mesmos nas ultimas eleições?"

ZéReys - poeta do profundo.