Ao adentrar a este blog, sinta-se em sua casa. Aqui você estará dentro de você mesmo. Vamos caminhar em seu profundo e no profundo de cada ser, de cada coisa, a proposta é ousada por que você estará saindo da superficialidade desde mundo imbecilizado. Vamos ser poético e vamos desvendar a razão do simples, não haverá chícaras sobre a mesa, que não será desmistificada pois há um profundo dentro dela a ser desvendado - seja bem vindo!
O mundo não, até por que o mundo, não é a terra, como intrinsecamente parece
imaginar os seres humanos, principalmente os menos esclarecidos sobre a questão
“fim do mundo”.
A pergunta talvez fosse “A Terra poderá sofrer danificações a
que viesse exterminar parte de sua população?” ai então a resposta poderá ser “Sim”.
Existem milhares de descasos por nossa parte a respeito do
planeta terra, do céu, do mar, das estrelas e até em relação a outros planetas,
esses descasos casados com o calendário Maia, seus estudos e previsões, suas
sabedorias mais as suas crenças espiritualistas, confrontados pelos verossímeis
dados de suas previsões anteriores, extremamente corretas, poderíamos afirmar:
sim, a terra poderá sofrer centenas ou milhares de anomalias que irá fatalmente
acarretar danificações sérias, para a humanidade presente e para a população do
futuro.
No meu modo de entender os estudos que fiz; os Maias não fizeram
adivinhações, nem profecias, fizeram estudos científicos matemáticos e astrológicos,
altamente competentes, sérios, confiáveis e incríveis, por que em seus tempos não
tinham nenhuma tecnologia que hoje dispomos, e ainda assim, pelo longo dos
tempos, seus estudos demonstraram certezas absolutas em suas previsões,
baseadas primeiramente em Deus, sim, mas cruzados com seus estudos permanentes
e persistentes.
Portanto, os ignorantes engraçadinhos deviam tomar os Maias
como exemplo e ir estudar, para não ficarem com chacotas tolas. Até porque a grandíssima
parte da população diz acreditar em Deus e na ciência.
Estudei sobre estas questões, e venho acompanhando desde Maio
de 2012, principalmente pelas previsões Maias, o comportamento do sol, quando
nesta ocasião, uma forte chuva solar atingiu a terra com micros-partículas
solares, altamente energizadas de grande potência.
Viajando a dois mil quilômetros por hora, estas partículas, chocaram
contra a camada protetora da terra, fortemente. Este acontecimento foi considerado
pelos cientistas, como algo muito importante e de grande significado. (Havia
muitos anos que nada parecido tinha sido registrado, até então.)
Entretanto, de lá para cá as atividades solares, estão
regulares, ou seja, dentro dos padrões da normalidade, - sendo monitorado pela
NASA, contudo, se o leitor fizer uma análise sobre todos os aspectos negativos
promovidos pelos terráqueos, como poluição, diminuição das calotas polares e
ouras questão relevantes, como os lixos e as chuvas ácidas etc., não terá como
descartar fenômenos de anomalias agora ou em muito breve, como consequência de
nossa própria degradação deste meio e sistema em que vivemos.
Por incrível que pareça, estas questões, estão também, nos
pensamentos deixados pelos Maias e foram previstas por eles.
E aí, o mundo vai acabar em final de dezembro? Não, reafirmo:
o mundo não vai acabar, por que a terra não é o mundo, mas apenas um pedacinho
dentro dele, quanto a terra... Bem, qual é o tamanho de sua fé, o que tem feito
para salvar a sua casa, terra, o que tem ensinado aos seus filhos com sua prática, em relação aos cuidados com ela, com a natureza e seus seres, e, com a prática
de amor ao próximo, o que tem praticado?
Pelo sim ou não se Deus disser sim, será sim, se disser não, será não, permita-me, entretanto, por favor, reiterar a pergunta, agora de
outra forma, que tipo de fé e a quem tem dedicado sua fé? Talvez este momento presente,
seja um momento de você parar de ser severo com os outros e ser consigo mesmo! O
materialismo exacerbado justifica a sua prática... O mundo vai acabar?
E, então, em uma hipótese de catástrofe próximo de sua moradia, você está preparado espiritualmente, fisicamente, mentalmente para ajudar alguém a se salvar? Que tal pensar nisso, antes de se preocupar com o fim do mundo?!
Eram muitas pessoas
caminhando, eram tantas, que eu me perdia no meio delas. Eu andava sozinho
pelas ruas da cidade reparando vitrines. Lembro-me que isso acontecia desde a
primeira semana do natal. Como apareciam pessoas diferentes vinda das fazendas,
dos sítios, e das cidades menores...
Minha cidade ficava repleta
de pessoas caminhando pelas ruas. Tinha pessoas bisaras e garotas bonitas e
estranhas, homens com cara de cansaço e jovens rapazes com peles grossas e
queimadas pela o sol das lavouras que plantavam, mas, agora era natal, tempo de
esquecer tudo e atentar-se para as coisas de consumo, renovação de bens, roupas
e calçados, brinquedos e meio de locomoção, como bicicletas, carroças,
motociclos, automóveis.
Havia uma avenida comprida e
em declínio que terminava do lado esquerdo da praça e outra que começava do
lado direito da praça, continuando a descida - isso para quem olhasse no
sentido do declínio. Havia lojas de ambos os lados das avenidas. Eu começava a
espiá-las desde lá de cima e descia atravessando de um lado para o outro, a rua,
para que eu pudesse ver tudo, em todas as lojas, mesmo sem poder comprar nada.
Naquelas que vendiam
ferragens e utensílios domésticos, eu as pulavam, meu interesse eram focado em
coisas de meninos. Mas no meio do caminho havia uma loja nova, recém
inaugurada, vendia livros, deparei com aquelas capas imponentes e – me lembro –
ali fiquei horas reparando cada detalhe de cada capa de cada um deles, mas como
minhas mãos eram mãos sujas, o dono veio e me pediu para deixar de emporcalhar
os vidros que me separava dos volumes expostos.
O homem, um senhor alto de
bigodes, bem vestido e cheirando a alguma loção para pós-barba, tinha em suas
mãos uma flanela amarela. Eu o olhei, virando meu pescoço para cima, devido sua
altura em relação ao meu pequeno porte, e estiquei minha mão a ele, ele me
olhou e me perguntou o que eu queria.
- Me deixe limpar para o
senhor! Ele me passou a flanela e ficou a me observar. Eu queria ficar mais ali
vendo aqueles livros...
Com uma das mãos eu esfregava
o vidro retirando minhas marcas de dedos e com a outra, eu tornava a sujar, era
inconsciente, mas assim o serviço nunca acabava e eu podia continuar a observar
aqueles livros lindos. Não sei o que imaginava encontrar dentro deles, mas
somente pelo mistério que eu colocava atrás de suas capas-portas, eu já queria
desvendá-los.
O homem me olhava.
– Você não vai terminar nunca essa limpeza!
Disse finalmente – Ande, me dê essa flanela aqui. – me disse. Eu a ofereci e
ele a pegou, e fiquei ali olhando, ora para ele outra para os exemplares lá do
outro lado, rapidamente ele terminou e me pegou pelo pulso esquerdo e disse –
Venha comigo! Fiquei com medo, e quis me esquivar, estacando, mas ele foi gentil,
não me forçou, e apenas repetiu – Venha, vou te mostrar uma coisa. Então eu o
segui receoso.
Entrou pela loja e tomou um
pequeno corredor que deu para um banheiro.
Já no local ele disse: –
Tome, peque este sabonete e lave bem suas mãos e essas unhas. Depois enxugue
aqui – mostrou a tolha. Eu obedeci sem questionar. Enquanto isso, ela abriu uma
porta lateral e lá se escondeu por um tempo. Pensei em fugir dali, mas ele
reapareceu ao meu primeiro passo.
– Lavou? Perguntou-me,
mostrando um pedaço de bolo em uma de suas mãos - Tome. Coma isso, está gostoso!
Eu o tomei meio que ferozmente e comecei a comer rapidamente, então ele me
disse: - Hei rapaz, devagar, devagar! E virando-se apanhou uma xícara de café
com leite e me deu - acho que foi a primeira vez que tomei um café com leite.
Detestei o café com leite que
me dera, fazendo uma cara amarga, mas continuei a tomar até o fim, para ajudar
a empurrar os pedaços de bolo que me entupia a garganta, devido minha gula da
fome. Quando terminei, ele me conduziu até a porta e não sei de onde apareceu
em sua mão, um pequeno livro dos três porquinhos. – Leve para você ler, é um
presente de natal. –Sai feliz, sem agradecê-lo... Até hoje, me arrependo disso!
Caminhei em meu passeio de
perambulado avenida abaixo. Atravessava a rua para lá e para cá, olhando as
vitrines, agora alimentado e de mãos limpas, e ainda eu tinha um livro dos três
porquinhos. Desci e cheguei à praça da matriz, atravessei a rua pela frente da
sorveteria pinguim. Senti um cheiro de sorvete entrar em meu nariz, e com o
dedo indicador, esfreguei-o como se quisesse tirar o cheiro insistente de
dentro dele, depois, passando entre alguns carros de praça, estacionados no
ponto de táxi ganhei a praça e segui em frente.
Aquela praça era tão bem cuidada
que nem a chamávamos de praça, mas de jardim, dizíamos:
- Vamos ao jardim hoje? E,
íamos aos Sábados e Domingos passear entre aquela multidão que saia da missa.
As ordens dos pais eram:
– Primeiro vá à missa, depois poderá dar umas
voltas na praça! E assim os jovens faziam.
Segui pelo meio da praça ou jardim,
e o perfume de rosas vermelhas exalava-se misturando com azaleias e margaridas,
com seus canteiros contornando o chafariz, que espirrava água limpa e
fresquinha para o alto.
Caminhei até chegar bem próximo
daquela beleza e fiz uma concha com as mãos e lavei meu rosto com a água
daquela fonte luminosa. Só depois segui rumo às lojas cheias de presentes -
para aqueles que podiam comprá-los. Entretanto, não me lembro de ter sentido
enganado e ou se talvez tivesse pensado que o mundo era das crianças abastadas.
As crianças, às vezes soltas, às vezes presas pelas mãos dos pais, se
alvoroçavam, saltitando alegres olhando as cores e luzes e tantas coisas novas
e bonitas.
Não sei a razão, mas eu
sempre achei que as crianças não querem saber de preços, apenas querem brincar
e ser felizes!
O que eu sentia não era
inveja delas, mas a falta de não ser como elas, de não ter os meus pais ali por
perto, me conduzindo e me dando segurança, e me mostrando todas aquelas possibilidades.
(É claro também, que essa ideia, hoje narrada, estava intrínseca em mim.) Os
presentes saindo em caixas e pacotes coloridos traziam para elas, um tipo de
felicidades que nunca eu experimentara em toda a minha vida, ou pensara em
experimentar.
Assim, entres estes
transeuntes felizes estava eu metido ao meio deles sendo empurrado, ignorado, às
vezes temido, odiado, menosprezado.
Eu sei unicamente que ali eu estava
e mesmo sem saber por que estava, eu permanecia, sei com certeza, no entanto, que
eu não tinha feito essa escolha e que nem outra qualquer eu poderia fazer. Eu
estava ali e isso era tudo.
Desci mais um pouco a avenida
até chegar numa velha praça - que ficara abandonada depois da inauguração da
praça da matriz -, e como por ali só havia alguns senhores de idade a conversar,
dei meia volta e tomei a avenida acima, caminhando agora, pela calçada contrária
a que eu havia descido. O dia tinha passado quase que totalmente e eu nem me
lembrava que tudo que eu havia comido durante todo o dia fora o tal do pedaço
de bolo dado pelo senhor alto da loja de livros.
As luzes da rua, agora acesas,
somadas as das lojas, que estavam fechando, formavam um colorido festivos e já
se podiam ver crianças brincando com seus patinetes, bolas, carrinhos, bonecas
e outros objetos. Nos alpendres e jardins das casas dos abastados da cidade,
enquanto avós e pais as observavam, as crianças que podiam ser felizes; nas
suas correrias e tombos e gritos e risos e lágrimas, acompanhavam, os acudires
e os olhos atentos dos seus. Eu continuava na minha solidão sem os meus.
De frente, quase na soleira
da porta da loja, que ainda atendiam os retardatários, eu espiava como se
velasse os brinquedos do outro lado do vidro. Tudo ali era um encanto, um
enorme papai Noel – talvez de pelúcia, estava ali estático com suas vestimentas
e caracterizações artificiais. Às crianças os via e ficavam encantadas sonhando
com toda aquela fantasia mercantilista apregoado por fabricantes de varias
coisas.
De repente senti um cheiro
ruim se aproximando de mim, o homem, com aquela roupa ensebada, como se tivesse
rolado numa carniça, se aproximava, ele tinha as costas meio curvas, quase como
se fosse corcunda ou era mesmo corcunda, seus cabelos emaranhados e sujos,
todos desgrenhados se misturavam a sua barba horrível e fétida.
– Sai! Disse-me ele,
empurrando meu corpo franzino com um dos seus braços, cuja pele manchada de
algo parecido com musgos, era meio coberta por uma camisa com a manga rasgada e
também imunda.
Adentrou a loja como um furacão,
dizendo palavras desconexas, e por isso, as senhoras o temia e escondiam as
crianças atrás de si, temendo que ele pudesse lhes fazer algum mal. Todos tapavam
as suas narinas, por causa do mau cheiro do homem. Quando este chegou ao balcão
começou a falar alto e legível, como se tivesse recobrado os sentido:
- Eu sou o verdadeiro papai Noel!
Sou o verdadeiro papai Noel! Ele, senhoras e senhores, sou eu, o verdadeiro! E
ria, sem parar.
Então no meio daquela cena
estranha as crianças encolhiam-se sem entender nada. Os pais protegiam suas
esposas e estas as crianças. O dono da loja, então, caminhou dando volta por entre
uns apetrechos e rumou para se pôr de frente ao homem, que teimava em dizer: “Eu
sou o verdadeiro papai Noel, eu sou!” Então o dono da loja começou a esbravejá-lo
e tocá-lo para fora.
- Vamos seu bêbado, saia de
minha loja, vamos... Saia! E começou a empurrá-lo, forçando ele a se virar, para
que ficasse de frente para a saída, e quando ele assim se pôs: ele me olhou
fixamente – eu senti medo dele – mas a minha curiosidade era maior para ver o que
aconteceria com o pobre homem, em certo momento, no entanto, ele se estanca
empacando como se fosse uma mula, depois olhou para um lado e para outro,
apanhou um carrinho de plástico com uma de suas mãos, e como se aquilo fosse um
troféu ele erguia o objeto pondo a frente de seu corpo, de modo que o dono da
loja, embora tentasse, não conseguia tomar dele, o brinquedo.
Ele caminhava - tentando se
desvencilhar do dono da loja, que pelo carrinho em sua mão, deixou de ser
empurrado para ser segurado -, seguia em direção a porta. O dono da loja, por motivo
do corredor até a saída estar estreito, devido à quantidade de coisas
desorganizadas e expostas em ambos os lados, não conseguia tomar-lhe a frente
para recuperar o objeto em sua mão, assim sendo, ele agora caminhava arrastando
o dono da loja para fora, quando antes, ele é quem estava sendo empurrado.
Eu continuava ali atento, e
via que o homem rompia, com dificuldades, os espaços, mas logo chegaria bem próximo
de mim, e então, quando o homem fétido estava bem junto a meu corpo, e seu
cheiro horrível quis me dar ânsia de vômitos, ele esticou o braço e me disse:
- Pega, menino, é seu, eu sou
o verdadeiro papai Noel! Então eu olhei em seus olhos úmidos e pensei tê-los
reconhecido, numa busca rápida da memória. Lembrei-me daqueles seus olhos
claros, que certamente eu já teria visto em algum lugar. Mas não conseguia
saber de onde era que eu o conhecia, pareceu-me ter dado um branco na minha memória
naquele instante, porém, o homem ao me entregar o brinquedo, fez com que sua mão
me tocasse levemente a minha e percebi um enorme calor que emanava da sua.
- Puxa! Exclamei, já sei, é daquela
pintura lá da igreja, ele tem os mesmos olhos!
Mas em meio a essa estase que
eu experimentava ele correu por entre os carros ali na rua estacionados e sumiu.
O dono da loja me olhou por um instante e eu me voltei para ele, esticando
minha mão com o presente para devolvê-lo, ainda sem fechar minha boca que
estava seca e buscava alguma umidade no ar ainda cheirando mal pela passagem do
meu papai Noel.
O dono da loja segurou o
brinquedo, mas, antes que ele o tivesse totalmente de volta, um senhor gritou
lá de dentro:
- Deixe, não pegue de volta,
eu lhe pago o preço do brinquedo!
Hoje, por acaso, me lembrei
desta história e quis contá-lo a vocês, e acredite, desde esse dia até os meus
dias de hoje, eu não me lembro de um melhor presente que eu tenha ganhado! Por
isso, depois de certo tempo, eu encontrei um cãozinho abandonado, era ainda um
filhote, eu o olhei e ele me olhou, tinha uma cara de fome que doía, fixei meu
olhar para ele e disse: - Quer ser meu amigo, olhos claros? Ele abanou o
rabinho positivamente, e eu lhe dei então, o nome de Brinquedo!