segunda-feira, 1 de julho de 2013

CRÔNICA DO MEU COTIDIANO

Crônica do meu cotidiano.

Esta noite eu ganhei um sono e dormi pensando no quanto de mim faz por mim, eu mesmo. Pensei também o quanto isto era egocêntrico e condizia com a minha verdade, e o quanto essa verdade conflitava com a minha outra verdade, que de fato, fazia parte do coletivo corrente do qual eu faço parte e muito provavelmente você também faz parte.

Pois bem, adormeci. E ao levantar-me, isso ainda estava latejando em minha cabeça. Era o tal do martelo da consciência. Percebi que isso não era nenhuma meditação em busca de nenhum nirvana, mas talvez fosse uma busca de um eu verdadeiro de verdade, onde a profundeza sonolenta de mim dormia tranquila, como a um anjo no colo de algum demônio, com cara de touro, “pobre do touro, se ele bestar eu o mato”.

Enfiei os meus pés nos chinelos e segui para o banheiro, ainda pensando sobre isso me sentei ao vaso e em seguida levantei-me lembrando que o que eu ia fazer era o número um e não o dois, mas de qualquer forma, seria uma atitude a mais por mim, que fazia. Depois, após lavar as mãos, tomei da escova e fiz minha higiene bucal, deixando-a com aquele gosto merchandising do, Ah! Que frescor! 

Fiz uso de algumas coisas de forma muito inconsciente de suas naturezas. Era tudo meu e para mim. Ignorei, portanto, o princípio da nascente, “como são as pessoas hoje em dia”, que nem lembram de seus pais ou dos pais de seus pais ou desta corrente de seres que nos levam, retroativamente, até Deus. E pensem, não há como sermos nós mesmos se fôssemos outros. Mas o tal do quanto fazia por mim mesmo diante do inoportuno coletivo, me incitava.

E parti para cozinha. De novo fiz uso da água; era hora de fazer o café, e utilizei o açúcar, e também a colher de aço inoxidável, e, vários outros utensílios, cuja origem, também, naquele momento em que pensava em mim, de forma inconsciente, mas intrínseca, não me lembrava de sentir e não sentia, de fato, nenhuma gratidão pelo principio da nascente. Mas também, o que é que tem? Eu poderia pensar: “estou no princípio coletivo, de que sou o mais importante na cadeia da existência”.

É claro que você pode ignorar esta minha autocrítica e nem dela fazer-se ouvido a tendo como espelho. Mas se puder, espelha-se e faça a sua, talvez seja você bem melhor que a minha autocrítica, já tendo tomado consciência de tanto quanto eu ainda careço em fazê-la, portanto, meus amigos, esta é uma crônica de meu cotidiano, - importante: falo de sentir-me no coletivo, devido não ver muito na prática algo diferentemente do que faço, mas perdoe-me se o caro leitor for uma das partes da exceção.
E por incrível que pareça isto ficou buzinando em minha cabeça durante todo o tempo pelo dia afora. E assim, portanto, tudo que eu fazia, me fazia perceber que era para mim que eu estava fazendo: Se sorria, se cantava, se comia, se lavava, se vestia, se me aquecia, se pensava, se escrevia, se sentia, se sentava, se levantava, se deitava, se tomava o café, se me espreguiçava... Não havia nenhum outro, nem mesmo um outro desta interligação coletiva desta minha vida interdependente, tão necessária para minha existência... Sabe que dei por mim chorando involuntariamente?!

Eu estava emocionado, mas havia algo de tão bonito fluindo de meus poros que até parecia que minha aura havia se tornando fluorescente e por toda a sala, que antes estava meio escura, se acendesse, fazendo minhas paredes brancas – opa; desculpe! As paredes brancas da casa que eu uso, virassem luzes! “Para mim, foi algo surpreendentemente inusitado!” Aconselho...
Esta imagem imaginativa tem de fato, entretanto, uma consequência: Fazer a prática e isso implica mudança de atitude que por sua vez necessita de organização.

Nada de papeis no chão, nada de cortar árvores - pelo fato de as folhas caírem -, nada de pôr fogo sobre o asfalto da rua, nada de misturar resíduos na mesma lata ou saco de lixo, nada de usar coisas ou tecnologias que poluem. Nada de emporcalhar o pensamento, nada de palavras negativas, nada de se deixar enganar, nada de preguiça na hora de votar, nada de se entregar à mídia dos interesses egocêntricos, bane de seus costumes coisas que não estejam na inclusão com seu próximo. Lembrem-se, o verdadeiro amor é altruísta, e ele tem um dono justíssimo que não te deixará sem amor, aí eu disse – Sim! “Mas, você, meu amigo leitor... Fique a vontade!”

ZéReys – poeta do profundo.

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ZéReys.