domingo, 12 de maio de 2013

NA DANÇA DO MISTÉRIO

Na dança do mistério

Há mistério numa folha
Que se desprende e baila ao vento
Antes de tocar a terra serenamente.
Há em minha alma um mergulho pendente,
Arguindo, para que o menino
Se desprenda do homem e te
Mergulhe, te adentre.

Temo em brincar com tua aura, entretanto,
Antes que ela apareça, em arco íris,
E nos beijam interligando as águas.
Talvez a tua alma brinque só de me esperar.
Talvez, essa bailarina cante de olhos fechados.
Talvez, também, os lábios estejam cerrados.
E seu beijo ávido tema o medo do sabor...

E se vir e ver diante de tua esperança,
O príncipe que em um acaso se tornara de sal.
E que em outro acaso te fizesse saltar da cadeira,
E que pela vez primeira te escancarasse o riso...
Temo te matar antes que viva realmente,
E que assim como uma folha que caí e
Pousada no chão, desvendasse, enfim, teu coração!

ZéReys – poeta do profundo.

Um comentário:

  1. Boa tarde, Zé. O poema é belíssimo e os temores servem para serem dissipados de todo medo, de qualquer mistério que não seja para a total felicidade.
    Que exista a liberdade do encontro e o amor mais presente em laços leves, contudo, firmes!
    Beijos na alma e paz!

    ResponderExcluir

A fé de uma pessoa está relacionada com aquilo que ela mais precisa, pois em caso contrário, ela não precisaria de nada.

ZéReys.