Por
nossa unicidade
Tenho
um desejo latente na minha alma
que
me percorre a língua.
Sinto
o gosto rosa do jambo de tua pele,
lisa
e linda.
Venha,
senta-te em meus joelhos e escorregue-te lenta.
Deixe
o teu perfume beijar minhas narinas e adentrar
minhas
ventas, deixe-o, embriagar meus sentidos,
ser o
ópio de meu espírito envolvido.
Toque
minhas mãos com as tuas
como
se me desse uma flor,
obedeça
cegamente
a minha
súplica de amor.
Achegue-te
devagar e cheia de ternura tímida,
lisa
como seda da índia, resvale teus mamilos nos meus,
deixe-os
vivos, tremule-os cariciosamente,
suavemente
– não, não me beije, a boca, ainda!
Quero-te
toda leve, toda pluma,
toda
magnificente e carente,
magnanimamente
ardente,
entregue
e minha.
Sinta-te o resvalar do beija
flor por tua vulva,
sinta-o beber de teu mel nos
lábios
de tua flor de jambo.
Escorreguem por meus ombros
os teus antebraços...
Desça
por minhas costas teus dedos finos,
como
se tocasse um violino,
como
se o dedilhasse e me auscultasse
os
ventres pelo teu umbigo quente.
Quero
sentir tua canção na minha espinha dorsal,
sentir
no abissal da incógnita de soltar tuas comportas.
Viver
o prazer profundo, de nosso mundo,
que
se esconde em nós, detrás de nossas portas...
Muito lindo e sensualíssimo!
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