quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Por nossa unicidade



Por nossa unicidade

Tenho um desejo latente na minha alma
que me percorre a língua.
Sinto o gosto rosa do jambo de tua pele,
lisa e linda.

Venha, senta-te em meus joelhos e escorregue-te lenta.
Deixe o teu perfume beijar minhas narinas e adentrar
minhas ventas, deixe-o, embriagar meus sentidos,
ser o ópio de meu espírito envolvido.

Toque minhas mãos com as tuas
como se me desse uma flor,
obedeça cegamente
a minha súplica de amor.

Achegue-te devagar e cheia de ternura tímida,
lisa como seda da índia, resvale teus mamilos nos meus,
deixe-os vivos, tremule-os cariciosamente,
suavemente – não, não me beije, a boca, ainda!

Quero-te toda leve, toda pluma,
toda magnificente e carente,
magnanimamente ardente,
entregue e minha.

Sinta-te o resvalar do beija flor por tua vulva,
sinta-o beber de teu mel nos lábios
de tua flor de jambo.
Escorreguem por meus ombros os teus antebraços...

Desça por minhas costas teus dedos finos,
como se tocasse um violino,
como se o dedilhasse e me auscultasse
os ventres pelo teu umbigo quente.

Quero sentir tua canção na minha espinha dorsal,
sentir no abissal da incógnita de soltar tuas comportas.
Viver o prazer profundo, de nosso mundo,
que se esconde em nós, detrás de nossas portas...

Um comentário:

A fé de uma pessoa está relacionada com aquilo que ela mais precisa, pois em caso contrário, ela não precisaria de nada.

ZéReys.