domingo, 24 de março de 2013

O PARÂMETRO

O parâmetro

Para basear o meu modo de amar em amar,
achei que devia embasar no modo, que acredito,
e me incomodo em saber, de que forma Deus possa me amar.

Para tanto, no entanto, eu devia reconhecer este amor de forma clara,
sob todos os aspectos. Pois somos propensos e cínicos em criar conceitos
que nos satisfaça ao ego, mais que a clareza da verdade. - esforcei-me.

Lembrei-me do livre arbítrio, onde as nossas vontades estão
presas as consequências dos atos. Onde os atos muitas vezes,
avessos às nossas vontades, reagem, e, ainda assim, existe o preço a pagar.

Percebi, entretanto, que ao ar não são auferidos preços.
Vi que não fui dono de meu começo e que a vida é um bem inestimável
e que embora valha mais que um imóvel, era de graça que me foi dado.

Reconheci que toda a natureza exuberante era de beleza,
Estonteante e imensurável, mas que eu teria que ter olhos
para ver, para sentir, emocionar, e eu os tinham.

Entendi, que existem os atos coletivos e os individuais, que muitas vezes,
esses somados com outros, se tornam, também, coletivos; que por isso,
as atitudes deixam de nos pertencerem e resultam em grandes intempéries.

E conclui: O amor de Deus é também severo. Não há um Deus que passará a mão em minha cabeça. Voltando-me a mim, devo de ser assim, pensei, e, dizer ao meu amor:
A razão de ser do quanto a amo está intimamente ligado ao quanto por ti me importo.

ZéReys – Poeta do profundo

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ZéReys.