quinta-feira, 21 de março de 2013

FICO MEIO SÓ

Fico meio só

Quando o meu poeta se afasta,
Cansado e vá dormir em minhas entranhas,
Ou se saí e vá se deitar em alguma estrela,
A me espiar com pena de minha dor,
Como se o meu amor fosse faca na face,
A me dizer: Ame. Não reclame.
Tens a quem amar... E não é para chorar;

E eu recordando então das outras dores,
Solidão, meus complexos / amplexos que eu
devia ter e não tive imaginando a tua falta
Que eu ainda nem sabia que seria a tua,
Ou se eu sentiria de fato... Perguntei-me,
Com muita sinceridade, se isso seria amor,
Ou alguma peça do desamor... Silêncio!

Quando eu fico sozinho comigo,
E o meu poeta distraído me deixa a divagar sem versos,
Arquitetando algum poema escondido,
Como se fosse para outros; a sua energização,
Que me acalenta o coração, com voz macia,
Torna-se brisa nos céus e frio em meu peito.
Não posso ser apenas um homem...

Gosto tanto de ser aquilo que o meu poeta me faz,
Pela essência que vem de volta das pessoas.
É isso que deve se chamar divino nos livros sagrados,
Em relação aos poetas. A vida, com seus momentos todos,
Forma uma montanha, como a montanha e seus grãos
De poeira, se formam; assim, o amor, não me é o bastante;
Definitivamente... Eu preciso de meu poeta!

ZéReys - poetap do profundo.

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ZéReys.