segunda-feira, 19 de novembro de 2012

DANÇA DE NÓS





Dança de nós


Há gotas de ternura em meus dedos para lhe tocar os lábios,
como se fossem gotas de orvalho escorrendo em folhas de bromélias. 
Nada há que se assemelha, embora sem cor,
a este amor. Ele me toca e escorre pelos dedos...

Eu ando me embriagando todos os dias por este pólen da poesia.
E o dia em que eu não bebo, sinto-me ressequido, até os meus ouvidos, perde o som dos ventos, tu e a poesia sois misturas, alimentos, um do outro, e ambos de mim, a todo o momento.

Há em minhas mãos, em cada uma, uma teia de seda vinda da natureza de Deus, que irradia luzes. Quero enternecer-te nas manhãs de teus dias e ser tão suave, amor, como aquela orquídea de valor imensurável que dança na brisa, rindo das patas da abelha.

Dance comigo, flor, neste balé de flores ao vento, quando em nosso abraço misturar nosso amor. Entre-me... Adentro-te...
No sexo das flores há a poesia dos polens, como se fossem suores.
Vivo amor, embriagado neste tempo, por este advento!

O trabalho DANÇA DE NÓS de Zé/reys - poeta do profundo. foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.

Um comentário:

A fé de uma pessoa está relacionada com aquilo que ela mais precisa, pois em caso contrário, ela não precisaria de nada.

ZéReys.