Ser Oásis
Oro-te ó mulher que amo:
Teus cálices de mãos,
Dedos e vinhos, cores do álamo,
leves painas... Algodão.
Como respirar-se pétalas
abraçado às brisas,
nuvens alvas no clarão.
Afagar a ternura da paz ao
chão...
Fechar os olhos, sentir o
som,
afagar a cor da alma...
ter a inevitável visão.
... Se perder na imensidão.
Deitar-se na candura
explicitada do deleite,
ao calor do azeite e
desejos em profusão.
Deixar e sentir o amor
escorrer,
por teus seios e umbigo, comigo.
Ouvir ouvidos e sentidos,
seguir meandros e boca e
risos...
Doce dor, adorar a dor... Enternecer.
Amar o prazer da doçura,
a mistura, o lamber da uva,
o cheiro da vulva... O amor!
E depois ver vir dos céus,
a essência divina dos céus...
A diluição dos éteres... Mel.
Hálito de Deus, nas bocas!
Ó mulher que amo,
quero-te tanto amar assim.
Dê-me tuas mãos em conchas
Teus dedos em caules... Por
mim.
Dê-me ó mulher, por ti,
por nós, o sim... Retire teu véu;
e por nosso céu, teu amor...
Pelo amor de Deus...
ZéReys - poeta do profundo.
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A fé de uma pessoa está relacionada com aquilo que ela mais precisa, pois em caso contrário, ela não precisaria de nada.
ZéReys.