sábado, 20 de outubro de 2012

SER OASIS

Ser Oásis

Oro-te ó mulher que amo:
Teus cálices de mãos,
Dedos e vinhos, cores do álamo,
leves painas... Algodão.

Como respirar-se pétalas
abraçado às brisas,
nuvens alvas no clarão.
Afagar a ternura da paz ao chão...

Fechar os olhos, sentir o som,
afagar a cor da alma...
ter a inevitável visão.
... Se perder na imensidão.

Deitar-se na candura
explicitada do deleite,
ao calor do azeite e
desejos em profusão.

Deixar e sentir o amor escorrer,
por teus seios e umbigo, comigo.
Ouvir ouvidos e sentidos,
seguir meandros e boca e risos...

Doce dor, adorar a dor... Enternecer.
Amar o prazer da doçura,
a mistura, o lamber da uva,
o cheiro da vulva... O amor!

E depois ver vir dos céus,
a essência divina dos céus...
A diluição dos éteres... Mel.
Hálito de Deus, nas bocas!

Ó mulher que amo,
quero-te tanto amar assim.
Dê-me tuas mãos em conchas
Teus dedos em caules... Por mim.

Dê-me ó mulher, por ti,
por nós, o sim... Retire teu véu;
e por nosso céu, teu amor...
Pelo amor de Deus...

ZéReys - poeta do profundo.

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A fé de uma pessoa está relacionada com aquilo que ela mais precisa, pois em caso contrário, ela não precisaria de nada.

ZéReys.