O meu tempo de viver escorre.
E há tantos entres dedos e
fios de cabelos e pele,
como veios para que flua
livre como um rio.
E a minha liberdade de viver
está presa.
Mas o meu tempo de viver é
tão livre e breve,
que nem se há tempo para que
eu te alcance.
Eu estou preso nas circunstâncias
alheias.
Eu me seguro no vento com a
mão do firmamento.
Eu estou fixado neste elo de
particularidade do mistério
De que existir não seja uma
questão de conveniência.
Eu mal mando em minha
sobrevivência.
E, não há em meios a este
emaranhado, minha opção.
O tempo, aliado a questão
alheia da circunstância,
é tão altivo e egoísta, que
me deixa chorar por ela,
sem que ao menos ouça meu
choro – tolo sou eu.
Se bem que há um grande amor que
me preserva.
E se amar, não dependesse
tanto do tempo,
das circunstâncias, do
destino, da sorte, dos sonhos,
das decepções... Estaria contigo.
E esquecido de tudo,
nem ouviríamos o gemido da
história.
ZéReys - poeta do profundo.
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A fé de uma pessoa está relacionada com aquilo que ela mais precisa, pois em caso contrário, ela não precisaria de nada.
ZéReys.