quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Por acaso



Por acaso

Eu não quero te dar definições de mim.
Mas é certo que eu queria que soubesses
lidar com essa poesia humana que sou.
Poeta tem que ser imprevisível
para que te arranques o desumano que não seja.
Pois quando, assim se torna, está morta
a tua essência criativa de amar.
Eu queria tua compreensão desvencilhada
do desumano, por que diante deste
ser imperfeito que sou eu,
preciso do teu humano menos imperfeito.
É certo que amamos.
Certo que talvez ame mais.
Certo que te ame tanto.
Certo que nos amamos quanto.
Tudo é certo e por certo nada seja,
queremos mais, mas o mais acaba com
o que temos, por que a insaciabilidade,
é um horizonte efêmero.
É um passo atrás diante do da frente.
Eu não quero ser definido,
apenas um homem diante de uma mulher,
um poema de alguma poesia humana,
desta mesma fêmea que me quer...
E eu não queria te dar nenhuma definição de mim,
não hoje... Mas enfim, quem sabe acredite nisso...


Nenhum comentário:

Postar um comentário

A fé de uma pessoa está relacionada com aquilo que ela mais precisa, pois em caso contrário, ela não precisaria de nada.

ZéReys.