Antes do amor
Éramos olhos vagantes,
secos de vidas, como
uma folha morta
em vento solto...
Procurávamos um leito.
Há dias sem feitos.
Éramos chamas sobre brasas
e cinzas intumescidas de suores frios... Estávamos vazios.
Olhei-te como um raio
de trovão ao meu encontro de olhos.
Fazes amor comigo? Pensei-te,
em forma de néon...
Vi teus lábios
entreabrirem-se como duas pétalas lindas.
Meus lábios
emudecidos e umedecidos como a libido,
atraídos, fomos um
para o outro, ao selo do longo beijo,
delicias nos ferveu o
sangue renovando-nos.
As palavras foram se
calando e morrendo entre os sussurros.
Os assuntos eram silêncios
entrecortados de respiros e afagos.
Já como anjos nus,
voláteis cheiro, canto, céu, essências do amor.
Tornei-me uma gota de
sua boca, escorregando sobre a tua tez morena, escorrendo-me em cristal sob
teus seios nus, eriçados, pontiagudos, retesados, macios... Por fim os lambi ávidos.
Havia nos suores, em
nossas mãos, o tremor, a emoção.
A vida que preenche a
vida pulsava em nós, humanos animais,
mais... E, mais... Mais,
nos abraçávamos, amando-nos... Manhãs!
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A fé de uma pessoa está relacionada com aquilo que ela mais precisa, pois em caso contrário, ela não precisaria de nada.
ZéReys.