A
manga da gratidão
(Uma
pequena crônica)
Veja
uma mangueira bem alta, restam algumas mangas bem lá no alto. São daquelas mangas
que você adora. Que se lambuza, em um voo lúdico, pueril, como se você estivesse pousada
sobre uma pipa de papel de cores de folhas de mangas. Você voa, quer apanhar as
mangas com suas próprias mãos, mas agora que já é adulta, percebe o ridículo de
sua imaginação, olha por um lado e depois para o outro e suspira aliviada:
- Que bom, não há ninguém me olhando ou escutando
meus pensamentos! Até dá um risinho para si mesma.
Mas
você está muito desejosa daquela preciosidade, tem certeza: esta fruta vai lhe
trazer um momento sublime, ah! Que delícia era subir na mangueira – e se lembra!
Então você atira uma pedra com todo a sua força, mas a pedra não chega, a fruta
está muito alta para ser atingida por sua força motora, no entanto, acaba por
derrubar algumas frutas que estão abaixo, elas estão até feridas por outras
pedras, que antes, alguém lhes jogou.
Você
reflete: “O nível destas mangas que sempre algumas pedras as acertam são mais
baixo, são acessíveis às forças motoras de níveis fracos.”
Se
você se colocasse ao nível dessas mangas de baixo, por talvez estar recebendo
algumas pedradas na vida, perceberia que somente estão sendo acertadas, pela
razão de seu nível espiritual estar concernente às forças motoras daqueles que
lhes estão perturbando.
E então,
que tal sair deste nível de levar pedradas a todo tempo, venha, você pode, você
consegue, é só uma questão de abrir seu coração e dizer: Sim, meu Deus,
permite-me sentir gratidão por tudo! E poderá com isso, ser puxada por uma
força benigna, para outro nível, aonde às forças das forças motoras às pedras,
jamais farão que cheguem!
"Só
não somos perfeitos, por que ignoramos a perfectibilidade da obra de Deus...
Não é difícil vê-Lo e senti-Lo: Ele está em toda parte, até Lhe sorri, quando
você atentamente olha para uma flor!"