segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O POEMA - EU

O poema – Eu

Cansei-me de musas, com elas, sempre me deixei a sós.
Eu, o poeta, e as ilusões repletas de sonhos alados - o poeta devaneava e eu sofria.
Quero agora, deixar isto tudo de lado e seguir com o real da realidade e alegria.

E sabes o que quero agora, minha linda vida? Quero amar de verdade,
endurecer meu coração de poeta, ser um atleta valente, um homem de pedra,
sem sentimentos poéticos. Viverei ao vivo e a cores – que se danem as dores - agora e sempre.

As flores, colhidas de minhas eternas poesias sobre ti... Moldadas das ilusões do sexo, dos momentos sublimes ou de angústia do vazio, em que eu estive só contigo, sem ti.
Destruirei com o veneno que arrancastes de meus olhos à distância, sem medo.

A dor, ainda está latente, porque embora sempre presente, como se fosse às cútis da pele...
Estivesse por minha criação, como os próprios versos que te cantavam, dentro de mim.
Só eu posso te arrancar deste poema ferido... Eu.

Faltava-me o toque e o seu cheiro que só preencheria com longos abraços apertados.
Que o tempo/distância na sua elasticidade fria, alheio a minha vã realidade, vivia.
Visionário, ainda, às vezes, penso em ti, dentro deste sonho real de realidade... Musa.

Posso sonhar contigo... Não posso, em um sonho real de verdade... Agora?
... Mas não mais me permitirei trazer-te como se fosse um cálice de fel degustado como vinho das melhores videiras, até menear a cabeça, apalpar com as mãos, o ar... E nada!

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Abraço do poeta!
ZéReys - poeta do profundo.